O cavaquinho é um cordofone popular mais usado no brsil de pequenas dimensões, do tipo da viola de tampos chatos — e portanto da família das guitarras europeias —. caixa de duplo existem diversos tipos de madeira que é fabricado bojo e pequeno enfranque, e de quatro cordas, de tripa ou metálicas — de «arame» (ou seja aço) —, conforme os gostos, presas, nas formas tradicionais, em cima, a cravelhas de madeira dorsais, e, em baixo, no cavalete colado a meio do bojo inferior do tampo, por um sistema que também se usa na viola. Além deste nome, encontramos ainda, para o mesmo instrumento ou outros com ele relacionados, as designações. de machinho. machim, machete (que parece ser uma palavra, caída em desuso, e subsistente nas ilhas e no Brasil), manchete ou marchete, braguinha ou braguinho, cavaco, etc., que a seguir analisaremos. Dentro da categoria geral com aquelas características, existem actualmente em Portugal continental dois tipos de cavaquinho,também e muito usado nas rodas de samba.veja mais sobre música nacional É sem dúvida fundamentalmente no Minho que, hoje, o cavaquinho aparece como espécie tipicamente popular, ligada às formas essenciais da música característica dessa Província. O cavaquinho minhoto tem a escala rasa com o tampo, como a viola, e doze trastos; a boca da caixa é, no caso mais corrente, de «raia», por vezes com recortes para baixo; mas aparecem também cavaquinhos de boca redonda. As dimensões do instrumento diferem pouco de caso para caso: num exemplar comum, elas são de 52 cm de comprimento total, dos quais 12 para a cabeça, 17 para obraço e 23 para a caixa; a largura do bojo maior é de 15 cm, e a do menor, 11; a parte vibrante das cordas, da pestana ao cavalete, mede 33 cm. A altura da caixa é menos constante: regula por 5 cm na generalidade dos casos, mas aparecem com frequência cavaquinhos muito baixos, que têm um som mais gritante (e a que, em terras de Basto e noutras regiões minhotas, chamam machinhos). As madeiras variam conforme a qualidade do instrumento: os melhores tampos são em pinho de Flandres; correntemente, eles são em tília ou choupo; e as ilhargas e o fundo são em tília, nogueira ou cerejeira. Em regra, os tampos são de uma folha única daquelas madeiras que apontamos, mas, não raro, fazem-se cavaquinhos em que a metade superior do tampo é em pau-preto; as ilhargas e o fundo são também, muitas vezes, nesta madeira. Braço, cabeça ou cravelhal são de amieiro; a cabeça ou cravelhal é geralmente muito recortada, segundo moldes variados e característicos. Rebordos e boca são sempre avivados e enriquecidos com frisos decorativos. Os cavaletes são quási sempre em pau-preto; e já o Regimento para o ofício de violeiro, de Guimarães, de 1719, os indica assim para as violas. Os cavaquinhos minhotos são construídos por uma indústria localizada outrora, sobretudo, em Guimarães e Braga, e, hoje no Porto e arredores de Braga. Em Guimarães, já no século XVII se construíram estes instrumentos, e o Regimento de 1719 menciona, entre as espécies então fabricadas, machinhos de quatro e, outros, de cinco cordas. O cavaquinho é um dos instrumentos favoritos e mais populares das rusgas minhotas, e, como estas e como o género musical que lhe é específico, tem carácter exclusiva e acentuadamente lúdico e festivo, com radical exclusão de usos cerimoniais ou austeros. Não há ainda muitas dezenas de anos, rara era a casa rural do concelho de Guimarães onde ele não existisse e não fosse tocado. Pode-se usar sozinho, como instrumento harmónico, para acompanhamento do canto; mais frequentemente, porém, aparece com a viola, e muitas vezes ainda com outros instrumentos — nomeadamente o violão, a guitarra, a rabeca, o banjolim e a harmónica ou acordeão, e mais os percutivos, tambor, ferrinhos e reco-recos — próprios desses conjuntos festivos. Em terras de Basto e de Amarante faz-se uma distinção muito nítida entre o instrumental do tipo da rusga, para as canas-verdes e malhões, que compreende o cavaquinho, violão, hoje harmónicas e acordeãos, bombo e ferrinhos, e o do tipo da chula ou vareira, que compreende a rabeca (e hoje, em vez dela, por vezes, a harmónica) violas (uma alta em tom de guitarra, e outra baixa), violões assurdinados no sexto ou sétimo ponto, bombo e ferrinhos, mas não cavaquinhos. Vê-se assim que, na região, o cavaquinho alterna com a rabeca chuleira as funções de instrumento agudo, conforme os casos. O cavaquinho geralmente toca-se de rasgado, com os quatro dedos menores da mão direita, ou apenas com o polegar e o indicador, como instrumento harmónico; mas um bom tocador, com os dedos menores da mão esquerda sobre as cordas agudas, desenha aí a parte cantante que se destaca sobre o rasgado, ao mesmo tempo que as cordas graves fazem o acompanhante em acordes. Ele tem um grande número de afinações, que, como sucede com a viola, variam conforme as terras, as formas musicais e até os tocadores; geralmente, para tocar em conjunto, o cavaquinho afina pela viola; a corda mais aguda põe-se na máxima altura aguda possível. A afinação natural parece ser ré-sol-si-ré (do grave para o agudo), mas usa-se também sol-sol-si-ré (ou lá-lá-dó sustenido-mi, do grave para o agudo). Certos tocadores de Braga usam porém, além destas, outras afinações, próprias de certas formas, em que a corda mais aguda (ré) é ora a primeira ora a terceira: a afinação para o varejamento (com a primeira mais aguda), que corresponde a sol-sol-si-ré, atrás indicada; a afinação para malhão e vira, na «moda velha» mais antiga (sol-ré-mi-lá, também com a primeira mais aguda; em Barcelos, preferem sol-dó-mi-lá (afinação da «Maia»); outras afinações de malhão e vira, e outras ainda com a terceira mais aguda; etc. Hoje usa-se o cavaquinho (como de resto outros instrumentos das rusgas) também para o fado, com afinação correspondente, e igualmente a primeira mais aguda. A origem do cavaquinho é duvidosa. Gonçalo Sampaio, que explica as sobrevivências de modos arcaicos helénicos, que ele próprio nota na música minhota, à luz de conjecturais influências gregas (ou ligures) sobre os primitivos calaicos daquela Província, acentua, sem mais consistência do que isso, a relação entre o cavaquinho e os tetracórdios e sistema helénicos, e é de opinião que ele, com a viola, veio para Braga por intermédio dos biscaínhos, sem explicitar nem dizer as razões desta opinião; de facto, há em Espanha um instrumento semelhante ao cavaquinho, da família das guitarras — o requinto — de quatro cordas, braço raso com o tampo e dez tratos, que afina, do grave para o agudo, ré-lá-dó sustenido-mi. Jorge Dias parece também considerá-lo vindo de Espanha, onde se encontra, em termos idênticos, a guitarra, guitarrón ou guitarrico, como o chitarrino italiano; e acrescenta: «sem... você deseja aprender tocar cavaquinho de verdade Então conheça o curso de cavaquinho com dudu Nobre online Acesse aqui. Vídeo Explicativo sobre a Origem do Cavaquinho
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